O maior cliente sorrisense fica do outro lado do mundo: é a China. Em maio, por exemplo, as negociações de soja com a China somaram US$ 150.372.558; em junho foram US$ 124.893.188. E números assim se repetem, mês a mês, com outras commodities também como o milho e o algodão.

Ainda em janeiro, o Município foi responsável por 8,5% das exportações de Mato Grosso. O Estado fechou US$ 143,93 milhões em exportações. Desse total, Sorriso foi responsável por US$ 12,23 milhões em produtos exportados, tudo isso em janeiro. A boa sequência se repetiu, fechando o semestre com destaque estadual, avalia o prefeito Ari Lafin. Na carta do Município estão países como Espanha, México, Alemanha.

E a lista sorrisense segue com transações realizadas pelo mundo todo, o que faz com que o Município chegue a outros números impressionantes: em 2022 Sorriso negociou R$ 3,5 bilhões a mais do que em 2021, quando a exportação foi de R$ 10 bilhões.

Para Ari, um dos focos do Município e das potencialidades do agro é produzir com responsabilidade ambiental; usar a tecnologia para na mesma área produtiva aumentar os números e pensar em transformação da produção primária.

“Hoje uma das potencialidades é transformar a proteína vegetal em animal; o DDG, ou grãos secos de destilaria, pode ser usado na criação de suínos, aves e bovinos, ampliando os setores produtivos”, pontua Ari.

Conforme o prefeito, esses são valores altíssimos que demonstram que Sorriso cresce a passos gigantes: há um aumento na produção e na população que já foi apontado pelo último censo do IBGE. “Como gestor, comemoramos esses dados e também já iniciamos o planejamento para que o poder público consiga acompanhar esse desenvolvimento e ofertar condições e qualidade de vida para todos que estão aqui e para quem pensa em investir e vir para cá”, frisa.

O secretário de Desenvolvimento Econômico (Semdec), Cláudio Oliveira, pontua que esses são dados levantados mensalmente pelo Comex Stat, um sistema para consultas e extração de dados do comércio exterior brasileiro; constantes também no Ministério de Desenvolvimento Indústria Comércio e Serviços (MDIC). “Com esses dados em mãos temos uma noção clara da participação econômica do Município no Estado: exportamos um número alto de commodities agrícolas, e, por outro lado, também importamos insumos para essa produção”, destaca.

Cláudio lembra que a Semdec integra o Programa de Qualificação para Exportação (PEIEX), uma inciativa da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), que visa preparar as empresas brasileiras para exportar seus produtos e serviços de forma planejada e segura, com a orientação gratuita de profissionais especialistas em comércio exterior.