Sinop: projeto Sinopóleo começou hoje na Emei Alvorada; escolas municipais são pontos de coleta
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, deu início, na manhã de hoje (13), ao projeto Sinopóleo que consiste na coleta de óleo de cozinha usado. O evento foi realizado na Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Alvorada, localizada no Setor Industrial.
Na prática, cada aluno levará à unidade em que estuda o óleo de cozinha usado em casa. Não há limitação de quantidade. Por cada litro recolhido, a unidade escolar receberá R$ 2,00 da empresa que comprará o material, a Nutrihorto, pertencente ao Grupo Arantes. A secretária de Meio Ambiente, Ivete Mallmann, explica que com a ação há dois ganhos, a não contaminação do solo e da água e o retorno financeiro à unidade escolar.
“Com essa coleta, estaremos removendo do despejo irregular do meio ambiente, esse material de contaminação. Então teremos uma destinação adequada feita por uma empresa licenciada e faremos uma parceria com a educação. Além de ensinarmos a importância da educação ambiental para as crianças, trabalhando a importância de evitarmos a contaminação do solo e da água, estaremos contribuindo com benefícios para comunidade escolar através do recurso advindo da comercialização desse material”, disse.
A empresa, além da aquisição, disponibilizará às unidades escolares, o frasco adequado para a armazenagem de todo o material. O proprietário da Nutrihorto, Igor Arantes, explica que o óleo será destinado à Inpaza – indústria de combustível localizada em Sinop -, que o transformará em biocombustível.
“Estamos fechando uma grande parceria com a Inpaza, que além de ajudar no desenvolvimento do projeto, será a consumidora do nosso óleo usado, gerado em Sinop e região. No processo de produção, esse óleo passa pela decantação e posteriormente é transformado em biocombustível. Combustível ecologicamente correto, que é 65% menos CO2 em nosso ar e isento de enxofre. Com isso conseguimos compactar os gazes do nosso meio ambiente, deixa de poluir os rios, os nossos lençóis freáticos, além de trazer conhecimento para as crianças para que eles levem para seus pais e o óleo, usado em casa, seja transportado para o colégio e, posteriormente, reciclado”, declarou.
Depois de toda explicação, o aluno da Emei Alvorada, Salatiel, se sentiu motivado com o projeto e garantiu que em casa cobrará os pais para que destine todo o óleo usado para unidade escolar, afinal, ele também será beneficiado com as melhorias no ambiente escolar. “Se você jogar no chão, o chão vai ficar escorregadio e a gente pode cair e machucar um osso. Então vou chegar em casa e falar assim: O mãe, o pai, oh, na escola precisa trazer óleo porque a ‘prôfe’ vai usar e é para fazer alguma coisa com o óleo”, disse o pequeno estudante.