Sinop: composteira artesanal de folhas secas é uma opção sustentável para evitar queimadas urbanas
Com a chegada do período de estiagem e com baixa umidade relativa do ar, devido à falta de chuva, é natural se deparar com aumento na quantidade de folhas secas em casa e nas áreas públicas. As árvores, naturalmente, nesse período, fazem a troca das folhas e reduzem, automaticamente, a quantidade de folhagem para que subsista ao período de seca. Mas o que fazer com essas folhas, se queimadas em áreas urbanas são proibidas o ano todo?
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, de forma alternativa, ensina que o melhor descarte é a compostagem. “Com essa forma simples de fazer a compostagem, o cidadão evita queimadas que são proibidas o ano todo e em contrapartida terá duas formas de adubo para suas plantas, a líquida e a sólida. Ao invés de queimarem ou descartarem em qualquer lugar, o munícipe pode fazer uma composteira, em casa mesmo, de forma artesanal. Desta maneira o cidadão contribuirá com a saúde pública, evitando a fumaça, e beneficiará as plantas de casa com um adubo rico em nutrientes”, explicou a gestora da pasta, Ivete Mallmann.
A bióloga, servidora do município, Danielli Rodrigues dos Santos Machado, explica que para confecção de uma composteira artesanal é preciso poucos materiais. “Você vai precisar de dois baldes com tampa, não importa o formado ou capacidade; uma torneirinha de bebedouro; folhas, galhos de árvores, madeira ou qualquer composto orgânico seco; e composto orgânico molhado que seriam verduras, legumes, casca de ovos, borra de café e outros, que não servirá mais para alimentação e que seriam descartados”, disse.
Para execução, será necessária a perfuração das duas tampas; um dos baldes também deverá ser perfurado na parte de baixo; no segundo balde deverá ser instalada a torneira. “O balde que está perfurado na parte de baixo, deverá ser colocado sobre o outro balde que está com a toneira. Nesse balde de cima, deverá ser colocado uma camada de orgânico seco e depois uma camada de orgânico molhado e assim por diante. Com sete dias, você já poderá usar o líquido que desprenderá dessa compostagem, tirando ele pela torneira”, explicou Danielli.
A bióloga explica que em uma semana será possível tirar até 300ml de adubo líquido, mas ressalta que esse material não poderá ser aplicado diretamente na planta. “É importante dizer que esse chorume é muito forte. Então a cada 300ml de chorume, deverá ser acrescentado 3 litros de água. Se adicionar esse chorume in natura direto na planta, ela pode sofrer e vir até a morrer”, alertou.
Ela informa que o adubo sólido estará pronto após 30 dias de preparo. Esse adubo sólido não precisa de mistura, ele poderá ser aplicado diretamente na planta. “Lembrando que você poderá ir acrescentando o material orgânico a cada sete dias, sobre aquele material já curtido, sem nenhum problema”, disse. Todo material orgânico poderá ser utilizado na composteira, mas há alguns conselhos. “Material orgânico como arroz e feijão, aconselhamos a não colocar. Eles servem também para compostagem, mas atrai muitos insetos e roedores. Se a composteira ficar em local afastado da casa e de certa forma, protegido, poderá sim ser colocado na composteria, caso contrário, é bom evitar”, finalizou.
Esse método pode ser usado tanto para residências de andar térreo, como para apartamentos. Danielli lembra que a composteira não pode ficar exposta ao sol.