Servidores da educação decidem manter greve até que governo apresente proposta em MT
Em uma assembleia realizada na tarde desta segunda-feira (10), os servidores da rede estadual de educação decidiram manter a greve, que teve início há duas semanas. Os trabalhadores cobram o cumprimento da lei de carreira e recomposição das perdas salariais.
Os profissionais querem que o governo do estado apresente uma proposta para a reivindicações da categoria. Entretanto, a administração estadual informou que não tem dinheiro para atender ao pedido dos servidores.
A greve foi decretada no dia 27 de maio. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep), os profissionais querem o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) de 2018 e a convocação dos aprovados no concurso público para ocupar as vagas que estão abertas.
A categoria alega ainda que o governo negou o direito da RGA aos trabalhadores da educação, mas concedeu a revisão aos poderes legislativo e judiciário.
Mais de 300 escolas da rede estadual aderiram a greve. Ao todo, cerca de 40 mil profissionais decidiram parar as atividades. Cerca de 390 mil estudantes estão sem aulas.
Corte de pontos
No segundo dia de greve, o governo anunciou que iria cortar o ponto dos servidores que tivessem aderido à greve.
De acordo com a assessoria de comunicação, o estado decidiu obedecer à determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) que trata do corte de ponto de grevistas.
“Conforme o STF, o ponto deve ser cortado imediatamente à deflagração do movimento grevista. Com o fim do movimento, os profissionais podem repor as aulas, caso haja acordo entre Poder Executivo e servidores, e serão remunerados pela reposição”, disse o governo em nota.
Salários
O governo também anunciou cortes nos salários dos profissionais em greve. Por um equívoco, os que não estão em greve também foram atingidos, mas a administração estadual informou que irá corrigir o erro.