Programa Municipal de Combate ao Tabagismo é um aliado contra o tabagismo em Alta Floresta
Dia 29 de agosto é o Dia Nacional de Combate ao Tabagismo. Em Alta Floresta o Programa Municipal de Combate ao Tabagismo, além de ser uma política pública de combate ao vício, também é um importante aliado na luta contra este mal.
O encarregado de obras, Ademir Leandro de Souza, é um exemplo da eficiência desta iniciativa. Antes do ingresso no programa, diariamente ele fumava entre 40 e 60 cigarros. Mas, depois de ingressar no programa ele está há mais de 120 dias sem fumar um único cigarro. “Minha vida já é outra. Meus hábitos alimentares mudaram. Sem contar minha disposição que mudou”, comemora.
Hoje, o tabaco/fumo é encontrado em produtos como narguilé, cigarro de cravo, cachimbo, charuto e cigarro de palha. O vício pode ser fator influenciador para causar mais de 60 doenças, como por exemplo, câncer de laringe, doença pulmonar, entre outros.
Além da saúde esse vício também afeta a vida financeira, ao consumir uma carteira por dia a pessoa gasta R$ 6. Ao longo de um mês esse valor sobe para R$ 180, em um ano são R$ 2.160. Se formos comparar ao longo de 5 e 10 anos, os números chamam ainda mais a atenção, sendo R$ 10.800 e R$ 21.600, respectivamente.
O Coordenador do Programa Municipal de Combate ao Tabagismo, Claudiomiro Vieira, explica que as substâncias do tabaco e a nicotina são nocivas à saúde. “São substâncias que causam a dependência física, psicológica e comportamental”, alerta. De acordo com o Ministério da Saúde, em 2019, o percentual de usuários de derivados de tabaco era de 19%, sendo que o percentual de fumantes passivos era de 9,2%.
Segundo a Organização Mundial de Saúde e a Organização Pan-Americana da Saúde o tabaco é principal causa de morte, doença e empobrecimento. Essa substância é uma das maiores ameaças à saúde pública que o mundo já enfrentou, sendo responsável pela morte de mais de 8 milhões de pessoas por ano. Mais de 7 milhões dessas mortes são resultado do uso direto do tabaco, enquanto mais de 1,2 milhão de mortes são resultado de não-fumantes expostos ao fumo passivo.
Vieira explica ainda que, como estratégia as empresas estão utilizando aditivos saborizados no narguilé “Essa estratégia acaba tornando o narguilé atrativo para os mais jovens. Esse público é considerado como grupo de risco”, lembra.
Importante lembrar que aquelas pessoas que desejam parar com esse vício podem buscar ajuda na rede pública municipal de saúde, através do Programa Municipal de Combate ao Tabagismo. O atendimento é realizado no Pronto Atendimento Municipal, as terças e quintas-feiras. Cabe ressaltar que também há o atendimento domiciliar.