Foi para pedir apoio no processo de emancipação e apresentar a real situação do campus da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso) em Sinop, que o pró-reitor do campus, Fábio Lourenço, e diretores da universidade, se reuniram com os vereadores. O encontro aconteceu nessa segunda-feira (7), na sala de reuniões da Câmara. 

Rafael Lourenço fez uma explanação sobre os problemas enfrentados pela universidade que tramitam nas mais diversas áreas, principalmente, nas esferas financeira e administrativa. O pró-reitor detalhou que, dos R$ 13 milhões que o campus recebe todos os meses, 90% vai para folha de pagamento e o restante, 10%, para a manutenção do campus. Porcentagem que, segundo ele, não é suficiente para manter as necessidades básicas da universidade. 

“Para se ter uma ideia, furtos de rodas de carros estão acontecendo na universidade, pois a segurança que existe não é suficiente para atender todo o campus. A limpeza também fica aquém do que deveria ser, pois os recursos que sobram não são suficientes para contratar o que seria necessário. Falta dinheiro para as demandas do campus”, disse. “Dos R$ 3 milhões que o campus de Sinop teria que receber anualmente para serem empregados em construção, em demandas que não são de manutenção, a gente recebe apenas R$ 120 mil. Não dá para fazer quase nada”, lamentou referindo-se ao restante dos recursos, mais de R$ 2,5 milhões, que acabam ficando na UFMT, em Cuiabá.

Lourenço pediu aos vereadores o apoio no processo de emancipação do campus de Sinop, que hoje está ligado a sede na capital mato-grossense, para criar, no município, uma universidade independente. “Com certeza (a emancipação) trará uma liberdade administrativa muito maior, permitindo que a gente consiga locar recursos maiores ou menores em áreas que são estratégicas, no desenvolvimento da pesquisa, no aumento do número de cursos de graduação, nas nossas estruturas físicas, construção o de laboratórios, e assim por diante. O município e a região tem muito a ganhar com essa emancipação”, destacou acrescentando que o valor a ser repassado à instituição, caso seja criado o campus em Sinop, poderá chegar a casa dos R$ 130 milhões por ano. 

O presidente da Câmara, Elbio Volkweis (Patriota), informou ao reitor que a Câmara está empenhada em transformar a universidade em um campus independente e que os vereadores já participaram de reuniões em Brasília para discutir o assunto. O presidente lembrou que a criação do campus em Sinop já está autorizada no Ministério da Educação, porém, foi travada pela pasta da Economia. 

“Podemos formar um grupo de vereadores, de representantes da UFMT, de acadêmicos, para ir novamente em Brasília e brigar para essa emancipação que está aprovada pelo Ministério da Educação mas foi barrada no Ministério da Economia”, adiantou Elbio sem determinar uma data. “A UFMT pode ter a certeza que a Câmara de Sinop apoia a emancipação, pois é de interesse de toda a população e até da região”, acrescentou. 

Hoje, a UFMT em Sinop oferece 11 cursos de graduação para mais de 3,2 mil alunos, além de cinco programas de cursos de pós-graduação. Além do presidente, os vereadores Professor Mário (Pode), que também é professor na universidade, Professora Graciele (PT), Juventino Silva (PSB), Lucinei (MDB), Dilmair Callegaro (PSDB), Adenilson Rocha (PSDB), e Célio Garcia (DEM), também participaram da reunião.

Fonte: Câmara de Vereadores Sinop

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