Novo fará processo seletivo para lançar candidato na Capital
Criado em 2015 e com mais de 40 mil filiações no País, o Partido Novo se prepara para lançar candidatos a prefeito e vereador nas eleições do próximo ano, incluindo Cuiabá, onde a sigla já tem número suficiente de filiados “ativos”.
O curioso é que, para concorrer ao Palácio Alencastro ou a Câmara de Vereadores da Capital, os membros do partido serão submetidos a uma espécie de processo seletivo, com inscrições abertas a partir do próximo mês.
O processo passa pela realização de provas e entrevistas, de modo a encontrar um candidato que, de fato, se encaixe no perfil do Novo e que defenda, especialmente, o liberalismo econômico.
“O Novo é um partido liberal, que defende ‘mais cidadão e um pouco menos de Estado’. Defendemos a ideia de deixar o cidadão mais livre, somos a favor da privatização, por exemplo, e estamos à procura de bons candidatos a prefeito e vereador. E, com todos os interessados, vamos fazer uma espécie de processo seletivo”, disse o presidente do partido em Cuiabá, Sérgio Antunes.
O fato de ter regras o torna algo mais ‘fechado’ e é mais fácil para manter sempre uma coerência
“As entrevistas começam por volta do mês de agosto ou setembro, vai ter uma provinha e, aí, vamos ver se aquela pessoa entende dos valores da sigla, ver o que ele pensa sobre determinadas coisas, tudo isso para manter a coerência dentro do partido”, acrescentou o dirigente.
Antunes explicou que aqueles que querem se submeter ao processo não precisam estar filiados à sigla neste primeiro momento, até porque, no decorrer do processo a pessoa pode desistir ou perceber que seus ideias não batem aos da sigla.
As entrevistas, segundo ele, serão realizadas por membros do partido que não são de Mato Grosso, como forma de evitar qualquer tipo de apadrinhamento.
Um pretenso candidato à Prefeitura de Cuiabá, por exemplo, pode ser entrevistado pelo líder do Novo, o empresário João Amoedo, sendo o quinto colocado na disputa presidencial do ano passado.
“O partido em Mato Grosso já tem 750 filiados. É um partido que tem muitas regras e é bom que seja assim. O fato de ter regras o torna algo mais ‘fechado’ e é mais fácil para manter sempre uma coerência”, disse Antunes.
Mensalidade e disputa
Sérgio Antunes explicou ainda que, todos os municípios com mais de 150 filiados ativos podem lançar candidatos a prefeito e vereador.
Nos locais onde há 150 pessoas filiadas ativas, poderá realizar o processo e ter candidatos
O termo ativo significa que, além de filiado, o integrante da sigla deve estar em dia com sua mensalidade. O pagamento mensal de R$ 29 é obrigatório já que o Novo não usa recursos do Fundo Partidário.
“Às vezes, alguns cuidados parecem até antidemocráticos, mas é preciso esse número mínimo de 150 filiados, porque não usamos recursos públicos. Precisamos desse número mínimo para poder financiar o mínimo de um diretório e tambem para que o candidato tenha densidade”, defendeu Antunes.
“O cara não pode ser candidato dele mesmo, ainda que seja numa cidade pequena. Nos locais onde há 150 pessoas filiadas ativas, poderá realizar o processo e ter candidatos”, disse.
“Estado protetor”
Sérgio Antunes disse, ainda, que o modelo de política feito pelo Novo é de “quem tem visão de futuro” e defende um Estado menos atrapalhador.
“O caminho do Novo sempre vai ser buscar o que tem mais liberdade, uma regra mais geral, mais simplificada, que deixa o cidadão trabalhar de uma forma mais tranquila. Temos que deixar o cidadão fazer as escolhas dele”, afirmou.
“O Estado hoje é muito protetor. É demais, parece uma babá, um pai que não deixa o filho caminhar. As ideias no Novo são mais nesses princípios: mais cidadão e menos Estado interferindo em nossa vida”, completou.