Representantes da gestão pública, profissionais ligados à área de saúde, membros do Conselho Municipal de Saúde e da sociedade civil organizada participaram, nesta semana, em Nova Ubiratã, da 5ª Conferência Municipal de Saúde.

Convocada por meio do decreto 029/2019, com o tema “Democracia e Saúde”, a conferência debateu quatro eixos temáticos que juntos objetivam a melhoria dos serviços ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Na ocasião, representantes do Escritório Regional de Saúde de Sinop explanaram sobre os desafios enfrentados atualmente no setor da Saúde.

“Diferente do que algumas pessoas afirmam, o SUS funciona sim. O serviço é muito bom, desde que usado corretamente. Vou citar o exemplo daquele paciente que não quer aguardar o tempo necessário para atendimento médico, ao invés disso ele liga para o prefeito, secretário ou até mesmo para aquele amigo vereador e exige “atendimento preferencial” exigindo. Ora, esse paciente precisa entender que outras pessoas estão na sua frente e tem o mesmo direito que ele”, observa Elaine Alves da Silva, servidora do escritório regional.

Já a servidora Anisângela Campos, trouxe o tema “Por que Falar de Saúde Mental” que abordou as dificuldades enfrentadas pelas pessoas em sofrimento psíquico além dos dependentes de álcool e de drogas ilícitas.

“É importante lembrar que a saúde pública não é uma responsabilidade apenas dos nossos governantes. A sociedade, assim como as lideranças religiosas, precisam contribuir com ações sociais e até mesmo com a vinda de entidades como Alcoólicos Anônimos e Narcóticos Anônimos (A.A, N.A).

Em seguida, os participantes votaram as propostas que serão levadas para a Conferência Estadual de Saúde, que acontecerá, entre os dias 03 e 05 de julho, em Cuiabá.

Também foram eleitos quatro delegados titulares e seus respetivos suplentes, sendo 02 representantes da comunidade (usuários do SUS), 01 representante dos trabalhadores da Saúde e 01 do governo municipal e prestadores de serviços.

Dentre as propostas aprovadas destacam-se;

*Implantação de serviços de saúde mental com equipe especializada;

*Implantação de política estadual das práticas integrativas e complementares em saúde;

*Incentivar a criação de grupos de autoajuda (Alcoólicos Anônimos, Narcóticos Anônimos, Pastoral da Sobriedade entre outros);

*Instituir fluxos e protocolos de urgência e emergência, ambulatoriais, linhas de cuidados e itinerários terapêuticos para os casos de saúde mental;

*Instituir grupos terapêuticos para a população de jovens e escolares;

*Instituir lei de responsabilidade social para os produtores apoiarem ações de cuidado com a população exposta a agrotóxicos;

*Criação de grupos intersetoriais para atividades de promoção e prevenção humana;

*Aumento de investimentos estadual e federal na área de oncologia;

*Investir na qualificação dos agentes de saúde/endemias na perspectiva da educação popular de saúde como articulador e mobilizador;

 

Fonte: Assessoria de Comunicação e Imprensa

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