Cléia Rosa dos Santos, de 35 anos, vai enfrentar o Tribunal do Júri no dia 19 de outubro pelas mortes do marido dela, Jandirlei Alves Bueno, de 39 anos, e do amante dela, Adriano Gino, de 29 anos. A decisão é da juíza Rosângela Zacarkim dos Santo, da 1ª Vara Criminal de Sinop, a 503 km de Cuiabá.

Ela foi presa em março de 2018 e confessou os crimes. Os dois suspeitos da execução também confessaram ter matado a vítima depois de terem sido contratados pela mulher.

Eles também indicaram à polícia o local onde tinham enterrado o corpo de Adriano, que foi assassinado com golpes de enxada, em dezembro de 2017.

O veículo oferecido em troca do assassinato foi apreendido pela polícia, na casa de Cléia.

Conforme a ação, supostamente, os homicídios teriam sidos praticados mediante meio cruel e recurso que dificultou a defesa das vítimas, já que Jandirlei foi atacado quando estava dentro de casa, por golpes desferidos em seu abdômen, o que o fez agonizar no local por horas. Adriano Gino sofreu diversos golpes de enxada em sua cabeça, estando adormecido em razão de ter sido dopado pelos criminosos, de modo que não foi possível oferecer resistência.

Morte do marido

O marido de Cléia, Jandirlei Alves Bueno, de 39 anos, foi assassinado em outubro de 2016. De acordo com a polícia, o crime foi cometido por Adriano a pedido da mulher, de quem era amante. Os dois simularam um latrocínio - roubo seguido de morte - para tentar despistar a polícia.

Jandirlei levou duas facadas no abdômen, foi hospitalizado e morreu dois meses depois.

Conforme a polícia, Cléia queria se separar do marido para ficar com o amante.

Como parte do plano, ela simulou que estava em estado de choque e não soube passar detalhes do que tinha acontecido no dia do suposto assalto à residência do casal. Não informou, por exemplo, as características dos suspeitos.

"Os dois crimes foram motivados por brigas fúteis entre amante e marido. Em relação à morte do marido, ela se mostrou um pouco arrependia. Já o outro crime disse que faria novamente”, disse o delegado Ugo Ângelo Reck de Mendonça, que investigou as mortes na época.

À polícia, a mulher disse que o amante mudou o comportamento depois que passou a morar com ela e começou a ameaçá-la caso se separasse dele.

Fonte: G1 MT

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