A avaliação é do Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta), da Secretaria de Agricultura paulista em documento sobre a cultura. A demanda estadual do grão é de 9,03 milhões de toneladas/ano, para uma produção prevista em 2018/19 de 4,32 milhões de toneladas - sendo 1,94 milhão de toneladas na primeira safra, (-14,3% menos ante 2017/18) e 2,38 milhões de toneladas na segunda safra (+37,7%), garantindo uma colheita total 8,2% maior. Além disso, os estoques de passagem permaneceram estáveis, em torno de 697 mil toneladas, o que somaria, ao fim de 2019, um estoque interno de 5,02 milhões de toneladas, volume 7% maior em relação ao ano passado.

Com base nesses números, o IEA-Apta calcula que São Paulo deverá importar 4% menos milho em 2019. "Estima-se que a aquisição paulista proveniente de outros Estados totalize 4,69 milhões de toneladas", diz o estudo. "A maior produção do cereal possibilitou não só a redução das compras de milho produzido em outros Estados, mas também contribuiu para que a oferta total de São Paulo aumentasse 1,4% em relação ao ano anterior, alcançando 9,71 milhões de toneladas, um volume 7,5% acima da demanda."

O IEA-Apta relata, ainda, que a demanda paulista por milho é composta basicamente por três segmentos: o alimentício (consumo industrial ou humano, animal e autoconsumo), insumos/sementes e exportação. O setor de alimentação animal é o maior consumidor, demandando 6,6 milhões de toneladas/ano, ou 73,8% do total e 32,4% superior à disponibilidade de milho no Estado. A avicultura de corte contribui com 40,3% dos 6,6 milhões de toneladas, ou 2,68 milhões de t (2,1% mais ante 2018). Em seguida, vem a avicultura de postura, com 1,298 milhão de toneladas (2,2% mais), a suinocultura, com 980 mil toneladas (0,5% mais), a pecuária leiteira, com 435 mil toneladas (0,7% mais) e a pecuária de corte, com 210,5 mil toneladas (+0,5).

São Paulo também deve participar das crescentes exportações de milho, com previsão de embarcar 450 mil toneladas, volume 3,7% maior ante 2018. Sob este aspecto, o IEA-Apta lembra que o desempenho do mercado externo de milho depende do desfecho na relação comercial entre China e Estados Unidos, "uma vez que o segundo é o principal fornecedor do primeiro". "Mas, considerando-se que a peste suína saiu do controle chinês, o país asiático forçosamente aumentará suas importações de carne, o que amplia as brechas para aumento das exportações brasileiras da proteína", continua o instituto. "Nesse sentido, o pecuarista brasileiro tenderá a aumentar sua produção, o que trará implícito um acréscimo na demanda de milho para consumo animal e a possibilidade de melhores preços para o agricultor pelo cereal."

Fonte: Portal do Agronegócio

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