Mato Grosso tem sete dos municípios com maior dinamismo no mercado de trabalho do país
Mato Grosso tem sete municípios na lista dos 100 com maior dinamismo no mercado de trabalho do país. O levantamento foi realizado pela Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a pedido do jornal Estadão, e mostra que as cidades ligadas ao agronegócio ampliaram a quantidade de empregos formais em 2020.
Campo Verde, Querência, Mirassol D’Oeste, Nova Mutum, Sapezal, Sorriso e Barra do Bugres são os representantes estaduais na lista, respectivamente, em 22º, 60º, 67º, 69º, 77º, 95º e 100º lugar. O economista chefe da CNC, Fabio Bentes, responsável pelo estudo, explica que quando é feita a pesquisa pelo crescimento proporcional de emprego estes municípios se destacam.
Para o secretário de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso, César Miranda, para além de bons resultados no campo, o agronegócio também gera emprego e renda nos municípios mato-grossenses. “Os números cada vez mais mostram que há este movimento de mais e melhores empregos nas cidades agropecuárias. E o Governo do Estado investe para melhorar ainda mais, focando em agroindustrialização, em trazer empreendimentos e mais riquezas para todos os cidadãos que vivem nas cidades”, afirma.
Exemplo de que o agronegócio é sólido em Mato Grosso foi a pandemia da Covid-19, que pouco afetou o setor. A safra estadual de soja no ciclo 2019/2020 teve produção de 35 milhões de toneladas. Demanda chinesa e outros países asiáticos, preços internacionais em alta e desvalorização do câmbio foram fatores que levaram ao bom resultado.
Dos sete municípios na lista da CNC, cinco são destaque na produção de soja: Sorriso é o primeiro produtor, com 2,2 milhões de toneladas nesta safra; Nova Mutum produziu 1,4 milhão de toneladas; Sapezal produziu 1,2 milhão de toneladas, Querência, 1,1 milhão de toneladas e Campo Verde, que produz 753 mil toneladas. Mirassol D’Oeste é um município com aptidão para pecuária e Barra do Bugres tem produção de cana-de-açúcar e usina.
Para o economista Fabio Bentes, o agronegócio tem investido fortemente em tecnologia e isso, teoricamente, deveria torna-lo um setor poupador de mão de obra. “Os números mostram que, mesmo com a tecnologia, o setor tem contratado mão de obra em um esforço para o aumento da produtividade”, afirma.
O levantamento considerou o estoque de emprego formal dos municípios pela Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Ministério da Economia, e cruzou essas informações com os micro dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) até setembro. Foram excluídos municípios com menos de 5 mil postos formais de trabalho no fim de 2019.