Mamona é usada em MT como opção de segunda safra e para melhorar produtividade da soja
Flexível aos tempos de seca, o cultivo da mamona tem sido usado em Mato Grosso como opção de segunda safra e para melhorar a produtividade da soja. Pouco explorada no país, a cultura ocupa 46 mil hectares no Brasil. No estado, o plantio foi feito em cerca de 2,5 mil hectares.
A oleaginosa tem sido cada vez mais estudada pelos produtores da região sul de Mato Grosso como alternativa.
Em uma propriedade de Primavera do Leste, a 239 km de Cuiabá, dos 2,7 mil hectares, 308 foram destinados a um tipo híbrido da mamona.
“É uma cultura que não concorre com a janela do milho. Planto milho em mês de fevereiro, em março é possível plantar a mamona e ter bons rendimentos, sobre tudo por ser uma cultura que exige pouca pluviosidade. Então, ela entra como alternativa”, explicou o coordenador técnico operacional Flávio Correia Maciel.
O lucro se dá com a venda do fruto, também chamado de baga. É nele que estão as sementes, de onde é extraído o óleo usado na indústria.
No ano passado, o quilo chegou a ser comercializado entre R$ 2 e R$ 3.
O óleo da mamona serve de base para a fabricação de graxas e tintas, e é utilizado principalmente na indústria aeroespacial por ter propriedades específicas que o diferenciam de outros óleos. Tudo isso faz com que ele tenha um alto valor comercial.