O senador agradeceu ao presidente eleito e ao vice Geraldo Alckmin, em publicação nas redes sociais. “ O #Agro é o setor mais próspero do Brasil, com um enorme espaço para crescer e nenhum milímetro para retroceder”.
Fávaro é apoiador de primeira hora do petista, sendo que coordenou a campanha eleitoral de Lula no Estado. O nome do deputado federal Neri Geller (PP) foi cogitado para o ministério, mas perdeu força, por problemas com Justiça Eleitoral.
Com a ida do senador para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a suplente Margareth Buzetti (PSD) assume a cadeira no Senado. Houve resistência em indicar o nome de Carlos Fávaro para o ministério, por conta de Buzetti ter atuado na campanha à reeleição do atual presidente Jair Bolsonaro (PL), em Mato Grosso.
O Partido dos Trabalhadores tinha receio de Margareth ser oposição as pautas do Governo Federal no Senado. Na semana passada, Buzetti e o segundo suplente José Lacerda migraram para o PSD, em uma manobra para garantir o senador na pasta e Margareth Buzetti votando a favor do PT, já que o partido da suplente será posição a Lula.
Em julho deste ano, Fávaro anunciou apoio a Lula e ao vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), por entender ser esta a chapa mais preparada para garantir justiça social aliado ao desenvolvimento com preocupação ambiental. O senador foi coordenador da campanha de Lula para o agronegócio e um dos principais interlocutores da chapa com setor, participando de muitos eventos com integrantes da agricultura em todo o Brasil.
Após o período eleitoral, Fávaro foi escolhido coordenador do Grupo de Trabalho da Agricultura da equipe de transição.
Informações como data e horário da solenidade de transmissão do cargo, bem como o anúncio dos nomes que farão parte da estrutura da pasta serão informados oportunamente.
Biografia – Carlos Fávaro tem 53 anos, nasceu em Bela Vista do Paraíso (PR), é casado e tem duas filhas. Produtor rural, deixou o Paraná na década de 1980 e foi um assentado da reforma agrária na localidade em que hoje se situa o município de Lucas do Rio Verde.
Em 2006, diante de uma das maiores crises enfrentadas pelo setor produtivo, Fávaro foi um dos participantes do “Grito do Ipiranga”, movimento de produtores que representou um divisor de águas para a agricultura brasileira. Diante dos resultados alcançados, ele se tornou delegado da Associação de Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), entidade que presidiu por dois mandatos.
Fávaro também presidiu a Cooperativa Agroindustrial dos Produtores de Lucas do Rio Verde (Cooperbio Verde), exercendo o cargo de 2007 até 2011 e foi vice-presidente da Aprosoja Brasil.
Em 2014, se licenciou do movimento associativo e, filiado ao Partido Progressista (PP), foi eleito vice-governador do estado no primeiro turno, na chapa encabeçada por Pedro Taques, recebendo 57,25% dos votos. Em abril de 2016, foi nomeado secretário de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso, cargo que ocupou até dezembro de 2017. Em 2019, foi escolhido para chefiar o Escritório de Representação de Mato Grosso (Ermat), em Brasília.
Em abril de 2020, após a cassação do mandato da senadora Selma Arruda pelo TSE, tomou posse do mandato como Senador da República substituto até o resultado da eleição suplementar convocada pelo TRE-MT. Fávaro foi candidato e acabou sendo o mais votado (25,97%) em uma disputa que contou com 11 candidaturas.
