Na última semana, o Hospital Santo Antônio recebeu a visita do presidente da Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB). Edson Rogatti veio conhecer a estrutura, o corpo clínico e o funcionamento da unidade a fim de levar propostas concretas e viáveis para um modelo de Sistema Único mais humano e eficiente.

A visita de cortesia de Rogatti é extensiva às várias Santas Casas de Misericórdia distribuídas pelo país para entender como funcionam, qual o tamanho da demanda que atendem e quais as necessidades para um melhor atendimento à população mais necessitada e que dependem do Sistema Único para tratamento.

A proposta de Rogatti é, após a sondagem, levar ao Ministério da Saúde um novo e descentralizado modelo de saúde pública. De acordo com ele, estruturas como a do Santo Antônio tenderão a assumir atendimentos, apenas, de alta complexidade, deixando as média e baixa complexidades para outras unidades menos equipadas, com menores capacidade clínica e profissional.

A intensão é copiar o modelo já em funcionamento e atividade em cidades como São Paulo onde há Santas Casas que só atendem a alta, as que atendem só as médias e as que atendem somente as baixas complexidade, formando, assim, uma rede de atendimento de saúde. No quesito financeiro, ele explica que o Governo Federal faz um repasse e o Governo do Estado entra com outro aporte, inda que com percentuais distintos.

“A União paga pelo serviço de alta complexidade e o Estado entra com mais 70%. A média complexidade receberia, além do repasse da União, mais 40% do Estado e a baixa complexidade, proporcionalmente, 10% para cuidar de casos mais simples como internações e cuidados médicos geral”, disparou Rogatti ao completar: vamos ver o que o ministro vai achar.

Sobre a estrutura física e clínica do Santo Antônio e sobre estar preparado para a mudança, o presidente disparou o seguinte: “Andei por todo o hospital! Conversei com o neurocirurgião. A coisa mais dura que existe é você arrumar um neurocirurgião, aqui tem! Fui na neonatal, tem! Então, tem tudo aqui. Já pensou receber o dobro para fazer o que já está fazendo”?

Referente a valores e periodicidade dos repasses, o superintendente do hospital, Antônio Sérgio Amaral, pontuou que a prática nos atrasos dos repasses do Governo do Estado são constantes e soam como descaso com a saúde pública. “Não existe plano de saúde mais perfeito que o SUS, o que o prejudica é a má gestão e a falta de pontualidade com os pagamento”, disparou ao pontuar que a Fundação chega ao quarto mês de atraso no recebimento dos serviços prestados.

Para Wellington Randal, que além de diretor geral do Santo Antônio é, ainda, presidente das Federação Matogrossense das Santas Casas, o atraso nos repasses é, sim, um grande entrave para a evolução de uma saúde pública melhor e a sua solução seria que os pagamentos fossem feitos de forma direta para as Santas Casas e que o Estado, em vez de mediar, apenas fiscalize a sua correta aplicação, como já o foi feito no passado.

Rogatti defende esse vetor alegando que os registros da CMB apontam que dos 5.570 municípios do Brasil, 1.200 só tem a Santa Casa como opção hospitalar.

O Hospital Santo Antônio, que é gerido pela Fundação de Saúde Comunitária de Sinop, iniciou suas atividades em 1991, com uma pequena porta para atender pessoas que não tinham condições de pagar pelo atendimento médico.

A demanda e a procura pela filantropia foi aumentando, o espaço físico foi crescendo, assim como o corpo clínico e as especialidade médicas. Somente anos mais tarde é que começou a prestar serviços médicos de forma particular.

Hoje, conta com 141 leitos de internação, assim como 10 leitos de UTI adulto, 10 leitos de UTI neonatal e pediátrica, um corpo clínico de 180 médicos e, pelo menos 600 colaboradores. É a maior unidade de saúde do Norte de Mato Grosso e uma das mais completas do Estado, sendo referência para uma macro região (cerca de 800 mil pessoas) com atendimento nas mais diversas especialidades a pacientes do Sistema Único, convênios e particular. Fechou o ano de 2019 com 4.119 internações via Sistema Único

O Santo Antônio é, ainda, referência em neurocirurgia, traumatologia, oncologia clínica, nefrologia, cirurgia bariátrica, pneumologia, UTI infantil e adulto e gravidez de alto risco.

O serviço de cardiologia também é tido como de ponta. Dispõe de uma hemodinâmica (cateterismo cardíaco) e cirurgia cardíaca. Também conta com cirurgia plástica estética e reparadora, bem como procedimentos endoscópicos como colonoscopia, endoscopia, broncoscopia, entre outros, além de laboratório de análises clínicas e serviços de radiologia com equipes qualificadas e com equipamentos de última geração. (Da assessoria)

Fonte: assessoria Hospital Santo Antônio

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