Governo de MT quer virar sócio do governo da Bolívia na comercialização direta do gás natural
O governo de Mato Grosso pediu à Petrobras autorização para negociar o gás natural direto com a Bolívia, mas, em vez de um contrato, o estado quer virar sócio do governo do país vizinho. A comercialização direta seria uma forma de valorizar a MT Gás, que o governador Mauro Mendes (DEM) chegou a cogitar extinguir no início do ano.
O fornecimento de gás natural em Mato Grosso foi interrompido há mais de um ano. A medida foi tomada após o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) arquivar uma ação protocolada pela empresa responsável pedindo a apuração da conduta anticoncorrencial da Petrobras no fornecimento de gás natural.
A intenção é reativar a usina termelétrica de Cuiabá, que teve as atividades suspensas depois de romper o contrato com a Âmbar Energia, controladora da Usina Termelétrica de Cuiabá – Mário Covas. A usina tem capacidade de gerar até 480 megawatts de energia elétrica.
“Estaríamos montando uma sociedade entre a MT Gás e o governo da Bolívia através da YPFB. Essa empresa precisa ter vários aspectos legais e vários marcos negociais discutidos e validados por ambos os lados”, explicou Mauro Mendes.
Atualmente, a Petrobras é quem detém o monopólio no mercado de importação de gás natural. As negociações com a Bolívia continuam e em 15 dias uma equipe técnica deve finalizar o contrato da possível sociedade entre Mato Grosso e a Bolívia.
“Nós queremos introduzir nosso gás no comércio, nas indústrias, GNV – gás veicular, então vemos que com a MT – gás e a YPFB podemos fazer uma grande sociedade em Mato Grosso”, disse o ministro de Hidrocarburos da Bolívia, Luis Alberto Sanchéz Fernández.