O acolhimento temporário de crianças e adolescentes com vínculos familiares rompidos ou fragilizados ocorre para garantir a proteção integral, o direito à vivência familiar e em comunidade, oferecendo a eles um lar que seja porto seguro, com respeito e cuidado, durante um momento conturbado no meio familiar de origem. A prefeitura de Sinop é adepta do Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora e, nesta segunda-feira (29), certificará seis famílias que passaram pelo processo de preparação para receber essas crianças. A entrega dos certificados será às 18h, no Mega Garden Stochera.  

Em Sinop, o Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora (SFA) é gerido pela Secretaria de Assistência Social Trabalho e Habitação, por meio da equipe técnica composta por psicólogos e assistentes sociais que fazem a seleção e formação inicial das famílias inscritas como possíveis acolhedoras. “Nós ressaltamos que dentro do serviço todas as configurações familiares são bem-vindas. O que buscamos são adultos responsáveis, pessoas afetuosas e abertas para novas aprendizagens e experiências, que estejam disponíveis emocionalmente para se doar e fazer a diferença na vida da criança, oferecendo o melhor cuidado possível enquanto ela estiver precisando”, destacou a secretária da Pasta, Scheila Pedroso. 

As famílias acolhedoras podem ser parte da política pública do direito à convivência familiar e comunitária, prestando atos de cuidado e proteção às crianças e adolescente mais vulneráveis, que são aquelas que passaram por vivências de rupturas, traumas e perdas em suas histórias pessoais e, portanto, precisaram ser afastadas dos cuidados parentais temporariamente, até que haja condições viáveis para o retorno à família de origem ou encaminhamento para adoção.

A coordenadora do serviço, Quetti Caciana Schulz, explica que durante o processo de capacitação diversas temáticas são abordadas. "Nós trabalhamos o acolhimento familiar falando um pouco da lei, de como foi construída e o que ela diz, debatemos sobre a diversidade, diferenças e vulnerabilidades das famílias, a questão da violência, do contexto de violação de direitos, transição e despedidas, o por quê acontece o rompimento do vínculo e qual será o papel dessa família acolhedora no processo de cura desse vínculo mal estabelecido”, detalhou.

Ainda segundo a coordenadora, a capacitação acontece de maneira contínua. “Atuamos tanto para capacitar, quanto com objetivo de estabelecer um vínculo da equipe com essas famílias, para que elas possam se sentir seguras em ofertar esse serviço essencial ao Município. Nos encontros a gente vai tirando dúvidas e nos aproximando das famílias, dura em média dois meses, podendo acontecer individualmente quando fazemos visitas a cada família, em outros momentos promovemos encontros em grupo, e depois quando a criança já está no lar temporário a equipe técnica faz o acompanhamento periódico ouvindo as experiências e levando orientações”, acrescentou.

Fonte: Assessoria

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