Professores e alunos da educação básica da rede municipal de Colíder estão se adaptando a uma nova realidade nestes tempos de pandemia da covid-19. Sem as aulas nos espaços das unidades escolares, a única opção, neste momento, é o sistema de atividades não presenciais de ensino. A nova metodologia acaba de completar 30 dias e utiliza os meios eletrônicos e o aplicativo WhatsApp para promover a interação entre professores, alunos e famílias. Todas as atividades são planejadas pelos educadores e coordenadores das unidades escolares em sintonia com a Secretaria Municipal de Educação.


Os estudantes que têm acesso a internet recebem todo o conteúdo pelo telefone celular, inclusive, os vídeos. Para aquele aluno que não tem conexão à internet em casa, o material impresso é colocado à disposição dos pais e responsáveis nas escolas onde os filhos estão matriculados. “O êxito dessa ação só é possível com a participação da família. É ela que recebe as orientações e as atividades para desenvolver em casa com os seus filhos”, explica o secretário de Educação, Márcio Fernandes.


ORIENTAÇÕES


Os professores, por sua vez, também recebem as informações da Secretaria Municipal de Educação via internet. A coordenadora da Escola Municipal Ivanira Moreira Junglos, Cristina Favero, diz que a equipe da pasta é uma grande parceira dos professores, que também trabalham em casa. “A gente repassa as orientações pelos grupos de WhatsApp e eles fazem os planejamentos e encaminham, também pelo WhatsApp, as atividades para as famílias, que acompanham as crianças na realização das atividades. Os pais tiram fotos dessas atividades e reencaminham ao professor”, detalha.


Rosana da Silva, coordenadora de Educação Infantil da Secretaria de Educação, explica que as videoconferências são utilizadas, ao menos, uma vez por semana para interagir com os professores e coordenadores. “Os professores estão trabalhando muito e se adaptando a essa nova realidade, onde o distanciamento com o aluno é amenizado graças à tecnologia. Mas nós estamos nos surpreendendo com as habilidades tanto dos professores como das coordenadoras. Eles estão se reinventando nesse momento”, enaltece. 


ACOMPANHAMENTO


Os professores encaminham as atividades aos seus alunos em todo início de semana, pelo WhatsApp. Os pais devolvem o material às sextas-feiras para as correções. “Caso a criança não tenha feito a atividade, os professores informam à coordenação, que, por sua vez, procura a família e verifica se tem alguma dificuldade, se a criança não conseguiu fazer, e se precisa de ajuda, a coordenação auxilia o professor”, informa Cristina Favero.
Charlene Silveira Sérgio tem dois filhos, de 4 e 5 anos, matriculados na rede municipal de ensino. Ela recebe as atividades das crianças pela internet. “Tem sido bom e a gente tá procurando fazer o melhor. Os meus filhos estão conseguindo acompanhar o material”, afirma.


ATIVIDADES IMPRESSAS


As crianças sem acesso à internet não ficam desamparadas. As atividades são impressas pela escola e retiradas pelos pais ou responsáveis. Na Escola Municipal de Educação Infantil Criança Esperança, por exemplo, 150 dos 240 alunos matriculados estudam através das atividades impressas.
Diana de Souza Costa é mãe de três alunos. Ela prefere acompanhar os filhos utilizando o material impresso. “Fica mais fácil porque a gente trabalha, e quando chega em casa já está pronto. A gente lê e fica mais fácil para explicar e fazer as correções. Aí, eu levo o material preenchido à escola. Fica mais fácil para a escola orientar e ajudar a gente também”, diz.


VIDEOAULAS


Utilizando um aplicativo de edição de vídeo, a professora Cris Gomes, da Escola Ivanira, prepara em casa todo o material. Ela grava e edita os vídeos que são encaminhados aos alunos. A preocupação é produzir um conteúdo diferenciado e que prenda a atenção da criançada às videoaulas. “Fiz os vídeos e enviei. Então, começou a chamar a atenção das crianças. E os pais começaram a gostar”, comenta.


A excelente repercussão das videoaulas também despertou o interesse dos professores, que solicitaram orientações sobre a produção de vídeos. “Ou seja, as aulas em vídeo foram além da minha sala de aula. Outras professoras acharam legal e pediram explicações de como mexer com esse aplicativo. A gente tem que trabalhar com amor neste momento cheio de incertezas”, pontua Cris Gomes.

Fonte: prefeitura de colider

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