Em videoconferência com dirigentes de clubes, nesta terça-feira, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) deu aval para que as férias coletivas, forçadas por causa da pandemia do novo coronavírus, sejam encerradas nesta quinta-feira, com retorno das atividades no dia seguinte, 1º de maio. A entidade ainda sugeriu a retomada dos campeonatos estaduais entre 16 e 17 do próximo mês, sem a presença de público nos estádios.


Com a pandemia do novo coronavírus, os clubes decidiram dar férias aos jogadores, que terminariam, em um primeiro momento, em 21 de abril. Como a doença ainda avançou no território brasileiro, o período foi prorrogado até o dia 30 deste mês, com reinício das atividades previsto para 1º de maio, feriado do Dia do Trabalhador. 


A medida de liberar a volta das férias abre uma possibilidade de os clubes retomarem as atividades na próxima sexta-feira. Mas não significa que todos vão aderir ao movimento. O Cruzeiro, conforme o presidente do Núcleo Dirigente Transitório, Saulo Fróes, oficializará nesta quarta-feira o retorno dos jogadores à Toca da Raposa II no dia 1º de maio.


O Atlético ainda não tem uma posição anunciada, o que deverá ocorrer nesta quarta-feira, de acordo com a assessoria de imprensa, em contato com o presidente Sérgio Sette Câmara. Outras equipes dependerão também de aval dos órgãos de saúde das cidades e respectivos estados de origem.


Na videoconferência desta terça-feira, o presidente da CBF, Rogério Caboclo, sugeriu que alguns estaduais poderiam ser retomados no fim de semana do dia 17 de maio. Isso dependeria, de acordo com o debate entre os dirigentes, de autorização dos governos estaduais e autoridades sanitárias locais. 


"PALAVRA FINAL É DO GOVERNO"
O presidente do Sindicato dos Atletas de Futebol do Rio de Janeiro (Saferj), Alfredo Sampaio, foi taxativo ao comentar sobre o retorno dos campeonatos. Ele disse que a decisão final será dos órgãos de saúde e dos governos de cada estado. O representante dos atletas garantiu que os jogadores não estão propensos a voltar a atuar, mesmo com portões fechados, se não houver garantias de segurança. 
“É uma decisão que vai depender do posicionamento do governo estadual. Não há como estipularmos uma data para voltar no dia 17.

E se a pandemia não tiver diminuído? Isso tem que ser bem discutido, argumentado e debatido. Sabemos que há necessidade do retorno, para que os clubes voltem a ter cotas de TV e que os estaduais terminem. Mas não adianta querer acelerar sem a confirmação do governo e do departamento de saúde”, declarou, em entrevista à Rádio Itatiaia. 


“Não podemos dizer que será em 17 de maio ou 17 de junho, é uma decisão motivada pela necessidade do retorno, para não afetar o início do Brasileiro, mas isso dependerá do governo. Ninguém pode autorizar sem ter a garantia que as pessoas estarão seguras. É importante criar possibilidades, mas a data tem que partir do governo. Não sei se os atletas vão aceitar de forma passiva, eles têm a preocupação com as famílias. A palavra final será do governo, não da CBF”, frisou.

 

Fonte: CBF

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