A Secretaria Municipal de Saúde realiza, neste mês, ações voltadas à Campanha Janeiro Roxo, que tem o objetivo de conscientizar a população sobre à Hanseníase, doença crônica e transmissível que atinge os nervos e a pele. Em Nova Mutum as ações contarão com palestras, capacitação em Hanseníase para Agentes Comunitários em saúde, palestras em sala de espera das ESFs (novo nome dos PSFs) para a população em geral e orientações junto aos pacientes no dia 31 deste mês, Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase.

A doença é infecciosa, de evolução longa, causada pelo Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen. O microorganismo acomete principalmente a pele e os nervos das extremidades do corpo.

“Nesta campanha de prevenção e tratamento à doença, queremos trabalhar a igualdade de tratamento das pessoas afetadas pela hanseníase. O desenvolvimento desta ação de saúde visa o enfrentamento da doença e reforçar as medidas educativas para esclarecimentos à sociedade em geral”, lembrou a coordenadora de Educação Permanente em Saúde, Leila Simoni Raimundi.

Segundo o Ministério da Saúde, o Estado de Mato Grosso detém a maior prevalência e incidência da doença, com níveis considerados hiperendêmicos há muitos anos. Contudo, em 2020 e 2021 houve um decréscimo abrupto e não esperado do número de novos casos de hanseníase no estado, quando comparados aos anos anteriores e observando-se a tendência estatística e comportamental da doença. Em Mato Grosso percebe-se que a doença ainda é diagnosticada em seu estágio tardio.

Embora seja uma doença basicamente cutânea, pode afetar os nervos periféricos, os olhos e, eventualmente, alguns outros órgãos. Pessoas com o tipo mais leve da doença, mesmo após o tratamento, podem não recuperar totalmente a sensibilidade nos locais das manchas. Em casos mais graves, pode haver sequelas como perda de força, que impõem limitações físicas para usar as mãos ou andar.

Tratamento:

A doença tem cura e os medicamentos são distribuídos gratuitamente nas unidades básicas de saúde (UBS), pelo SUS. O tempo de tratamento pode variar de seis meses em pacientes que têm a forma mais branda da doença, a até 12 meses em pacientes que têm o tipo mais grave.

O tratamento é longo mas eficaz, se não for interrompido, sendo muito importante segui-lo à risca para eliminar os bacilos.

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